quinta-feira, 20 de junho de 2013

Cuidado com o coração

Escrevi o texto ouvindo a esta música. Talvez seja bom você fazer o mesmo ao lê-lo.

O coração é o órgão mais frágil. Não sei se a ciência diz isso, mas eu digo. Seja no sentido figurado, seja no literal, o músculo cardíaco é bastante representativo ao ser humano. É nele que se faz vida, é através dele que se continua a respirar, crescer, viver. Um pensador burro. Uma máquina que funciona e merece o devido cuidado. Uma série de fatos pode levar ao cessar de sua batida. Excesso de peso, histórico familiar, entre outros. Mas, o coração não carrega apenas a missão de bombear sangue para o corpo inteiro. Existe uma função maior: ele dá e recebe vida. Agora, nos dois sentidos novamente. Ele é responsável pelo respirar e pelas inúmeras funções do organismo. Mas, pense um pouco. O coração, no seu sentido figurado, é responsável, de igual modo, pela saúde do corpo. Quando amargurados, feridos, dificilmente nosso "ser" vive. Nos tornamos um sistema em piloto automático, e deixamos de aproveitar a beleza de "ser". E a maior dor talvez seja a da partilha do coração. Quando doamos um pedacinho dele a alguém importante, esperamos que essa pessoa cuide e o trate de modo legítimo. E se isso não ocorrer? E, ainda pior, se for você quem estiver machucando aquele pedaço de coração?

Muitas vezes a gente não se dá conta da importância de se ter um coração na mão. A posse dele é algo muito importante. Hoje isso já foi banalizado. Ninguém mais se preocupa com o que há dentro das pessoas. Geralmente, bastante importante é o que está por fora. E, sem hipocrisia, este sou eu. Eu me importo muito com o que está por fora e esqueço (esqueci) o que está por dentro. Feri, machuquei, arranquei pedaços. Deixei-me levar pelos meus mais malignos instintos e permiti que a pior manifestação da minha natureza viesse à tona. Não é fácil. Mas isso ensina. A gente aprende a viver, vivendo. Aprendi que devo esperar a hora certa pra tomar um coração. Por mais duro que possa parecer, sua fragilidade está do lado de dentro. E eu devo cuidar de cada pedacinho, para que não possa carregar essa dor em minhas mãos. Realmente, o mais frágil dos frágeis. É essencial cuidar, tratar e esperar, pois um coração vale muito.









segunda-feira, 17 de junho de 2013

Manifestação sem qualquer orientação

Os jovens manifestantes da pátria amada estão em uma histeria pública enorme. Esqueceram-se do significado de "bom senso", e da ideologia democrática que carrega a pacificidade como primordial para as expressões públicas. Dentre outras verdades, muitos destes são aqueles que carregam bandeiras em "Marchas das Vadias", "Legalização da Maconha", "Pró-ativismo Gay" e "Fora Feliciano". Além disso, pra não deixar barato, são eles que dão um braço pelos 4, 5, 6, 7 (!) dias de Carnaval todos os anos. Muitos deles foram e serão autuados por dirigirem embriagados e, tantos outros, presos por outras infrações , dentre as quais posso destacar falsificação de documentos de identidade, falsidade ideológica, entre outras. Sim, de certo modo estou generalizando. Mas vou aliviar. Muitos deles são pessoas que se encaixam no perfil da Maria. É, a "Maria vai com as outras". Quiçá tivessem sua própria opinião! Cantam o Hino Brasileiro em praça pública, mas não lembram do mesmo na hora de votar. Pensam que a palha vai ficar acesa durante um bom tempo, contudo perderam a razão quando se dispuseram a incitar a violência. Manifestar, sim! É um ato de coragem e democracia. Violência, não!

Entretanto, como separar ambos? Nada fácil. A realidade é que as manifestações que o Brasil tem realizado não vão provocar mudanças imediatas como os próprios acreditam. Não serão "hashtags" no Facebook que irão mudar o rumo de uma nação de 190 milhões de pessoas. É um completo engano achar que protestos periódicos transformarão anos de história. Além disso, concernente à falta de respeito imposta pela baixa amostra de brasileiros de classe média alta que estava no jogo de inauguração da Copa das Confederações, tenho o que falar. A vaia direcionada à presidente da República foi apenas a ponta do iceberg. Esta, que revela a podridão de um país que não tem o mínimo de respeito pelas suas autoridades. E não defendo a presidente, mas defendo sim o valor de ser respeitoso e educado com quem representa. Diante de milhões de pessoas em todo o mundo, vimos um ato de ignorância pública. Aqui, dos Estados Unidos, fiquei envergonhado em ver um povo que sabe gritar, mas não sabe argumentar; que vaia e xinga, mas que na hora do vamos ver decide manter um governo sem escrúpulos no poder. Aplaudiram de pé a posse da autoridade; quero ver resolverem, em pé, os problemas que o país possui.