Vivemos em um mundo repleto de entretenimento. Conseguimos nos distrair das nossas próprias distrações! Se conversarmos com um idoso que já tenha vivido além dos seus sessenta anos de idade, certamente ouviremos que muitas das nossas práticas atuais são meras distrações. Para nós, elas não o são mais. E, pior ainda, conseguimos nos distrair das nossas distrações que já não mais distrações são! Pegou?
Um exemplo é o inseparável smartphone. É comum estar escrevendo uma mensagem para uma pessoa no WhatsApp, pensando na mensagem para a outra pessoa do Messenger do Facebook, imaginando como postar aquela foto no Instagram e ouvindo música no fone de ouvido! São quatro atividades completamente incompletas ao mesmo tempo! A atenção é dividida, o tempo também. E essas distrações não são mais vistas como um problema pela nossa sociedade. O entretenimento é algo tão profundo que tomou conta de uma forma incrível.
É clássica a cena: televisor ligado no Netflix, quatro pessoas sentadas no sofá, cada uma com seu smartphone ou tablet, fazendo mil e uma coisas ao mesmo tempo em que pensam prestar atenção ao filme - que, por si só, já é uma distração de coisas importantes. O ponto é que não há limites e isso tudo tomou uma proporção sem volta.
O motivador deste texto foi o fato de eu estar realizando uma limpeza aqui em casa e encontrar alguns CDs antigos. Ao encontrá-los, lembrei-me de minha infância. Mais ainda quando reparei que nunca mais havia sequer conectado qualquer um deles ao rádio da sala. Não havia tempo para escutar música! Não há! Minha vida é tão atarefada por distrações que eu esqueci o que é sentar em um sofá e curtir um som, só isso. Garanto que muitos de vocês nunca fez isso, mas eu já tive o prazer de viver em um mundo sem tantas distrações. Lá no passado, minha mãe e meu pai decidiam colocar algumas músicas para ouvirmos, enquanto estávamos realizando as tarefas de casa. Em diversos momentos, ficávamos apenas ali, curtindo. Já os vi dançar na sala, felizes pela música. E essas lembranças são muito melhores do que qualquer lembrança que tenho das minhas distrações.
Tente se lembrar das melhores lembranças da sua vida. Posso afirmar: nenhuma delas estará em redes sociais, WhatsApp, Internet, televisão. Você pode, sim, lembrar daquele filme gostoso que você e sua namorada assistiram, debaixo do romance. Ou aquela música especial que caracterizou uma época de sua vida. Talvez você lembre daquele jogo de vídeo-game, mas com certeza ele não tem tanto valor quanto as pessoas que estavam com você. Smartphones são descartáveis, o entretenimento passa. Ele não é essencial, é distrativo! Dedique sua vida ao que importa, ouça uma música, saia com o conjuge, namorado (a). Fale de Jesus, exerça sua fé. Viva.