Estranho Maior
quarta-feira, 19 de julho de 2017
O papel aceita tudo
Antigamente, a máxima era de que "o papel aceita tudo". Hoje, a internet aceita tudo. E cá estou eu, ressuscitando esse blog que ninguém lê, apenas para tentar expressar um pouco de como eu me sinto. Sinto-me arruinado, desesperado, derrotado, sem chão. Sinto-me como se nada fosse possível, como se as bases da minha vida houvessem simplesmente desaparecido.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Um passado nem tão distante
Há inúmeras situações do passado que nos confrontam diariamente. Medos, brigas, palavras mal ditas, namoros mal acabados. Enfim, uma infinidade. Existe algo pior do que isso?
Não sei se há algum grupo de pessoas que sejam capazes de resolver seu passado num estalar de dedos. Acho difícil. Geralmente, leva tempo. Porém há um grupo, e disso tenho certeza, que parece não conseguir superar as dores de um passado horrível. Estou nesse grupo.
Esse grupo é extremamente problemático. Há uma forte dificuldade em deixar para lá o que foi e permitir-se curar. A cura e o luto fazem parte de um renovo, uma nova ação. No entanto, para nós, essa ação é dolorosa e não faz sentido. Não conseguimos!
Mas, pior ainda, é quando nos confrontam com o nosso passado obscuro. O pior às vezes nem é o que fizeram para nós. O ruim é quando fizemos algo para alguém. Uma dor que pinçamos no coração de um amado. Talvez, ainda mais tenebroso, são aqueles momentos em que alguém relembra nossas falhas. O doído traz à tona o erro. Mesmo com o pedido de perdão, o machucado insiste em armazenar a dor.
Há uma infinidade de dores no nosso passado. Deixar para lá é a melhor opção.
Não sei se há algum grupo de pessoas que sejam capazes de resolver seu passado num estalar de dedos. Acho difícil. Geralmente, leva tempo. Porém há um grupo, e disso tenho certeza, que parece não conseguir superar as dores de um passado horrível. Estou nesse grupo.
Esse grupo é extremamente problemático. Há uma forte dificuldade em deixar para lá o que foi e permitir-se curar. A cura e o luto fazem parte de um renovo, uma nova ação. No entanto, para nós, essa ação é dolorosa e não faz sentido. Não conseguimos!
Mas, pior ainda, é quando nos confrontam com o nosso passado obscuro. O pior às vezes nem é o que fizeram para nós. O ruim é quando fizemos algo para alguém. Uma dor que pinçamos no coração de um amado. Talvez, ainda mais tenebroso, são aqueles momentos em que alguém relembra nossas falhas. O doído traz à tona o erro. Mesmo com o pedido de perdão, o machucado insiste em armazenar a dor.
Há uma infinidade de dores no nosso passado. Deixar para lá é a melhor opção.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
VIvos ou mortos?
Recentemente, minha namorada decidiu retornar ao Facebook, por uma série de motivos. Vou discorrer a respeito daquele que acredito ter sido o principal. Estávamos mortos.
Ainda estou. Na verdade, para muitas pessoas sequer existo. E não me refiro às tribos remotas em locais de difícil acesso, ou àqueles estranhos por quem passo e viro o rosto diariamente, mas sim aos meus próprios amigos e familiares. Desapareci.
O Facebook criou algo bacana. É uma mescla de vontade de fazer algo com a inutilidade do nada. Quem lá firma seus pés, está fadado a entrar em um estado de êxtase e dele jamais retornar. Nesse estado, perdemos o senso de quem vive e de quem morre. Mortos e vivos são iguais, com a diferença de uma postagem não realizada ou fotos não postadas.
Depois de ter desativado minha conta, posso contar - com o perdão da semântica gozada - nos dedos as pessoas que me procuraram para um bate-papo. É claro, morri. Como poderia entrar em contato com quem está morto? Eis a justificativa do uso da rede antisocial: o contato imediato, a forma de se relacionar, o único lugar onde mortos-vivos parecem vivos e ativos. Era minha desculpa, não julgo quem assim pensa. Perdoe-me.
Todos são vivos, alegres, felizes, cheios de histórias para contar. Casais que se amam, fotos infindáveis, palavras estúpidas e outras tantas de impacto inundam a tal da "timeline" do Facebook. Numa tentativa de sobrepujar o vazio que existe em cada um, os mortos-vivos esbaldam em beleza e tentativas de mostrar o que não é. Um podre por dentro, com uma foto linda. Um lindo por dentro, e uma foto pobre. Os mortos-vivos sequer imaginam estar no intermediário da vida.
São poucos os que morrem de fato. Deixam de ser "-vivos" para serem "mortos". "Vivos" não há qualquer. Apenas alguns malucos que se aventuram a viver uma vida offline, aquém da tecnologia, no respirar de um ar puro e na sinfonia das aves do parque. Lá estão os vivos. Alguns poucos mortos-vivos continuam sua vivência - ou morrência, como queira - nos seus smartphones, exatamente quando deveriam viver em vez de morrer.
Ok. Vamos parar com a poesia e deixar as coisas um pouco mais claras. Somos vivos, mas mortos. Eu, por exemplo, por não estar na rede, não sou lembrado. Por quê? Porque as pessoas acreditam que apenas os que lá estão devem ser lembrados. Não, na verdade elas foram induzidas a isso. Não sei você, mas meus relacionamentos "vivos" deram espaço a uma falácia, uma suposição do que havia de ser: a rede-social. Sinto falta daquelas incontáveis horas que passamos conversando, jogando papo fora e apenas curtindo a presença.
O Facebook matou a todos. Se você não tem mil amigos na rede, está iminente a ser deixado pra trás. Esquecido, abandonado. Você não precisa de uma rede-social online para ter amigos. Seus relacionamentos, se funcionais por motivos de uma rede-social online, são, sinto informar, superficiais. Eu morri, mas vivi. Vivi para aqueles que comigo se importam de verdade. Esses, já posso contar na mão direita. Obrigado, Facebook, por ter me proporcionado a lembrança de quem realmente é importante.
Ainda estou. Na verdade, para muitas pessoas sequer existo. E não me refiro às tribos remotas em locais de difícil acesso, ou àqueles estranhos por quem passo e viro o rosto diariamente, mas sim aos meus próprios amigos e familiares. Desapareci.
O Facebook criou algo bacana. É uma mescla de vontade de fazer algo com a inutilidade do nada. Quem lá firma seus pés, está fadado a entrar em um estado de êxtase e dele jamais retornar. Nesse estado, perdemos o senso de quem vive e de quem morre. Mortos e vivos são iguais, com a diferença de uma postagem não realizada ou fotos não postadas.
Depois de ter desativado minha conta, posso contar - com o perdão da semântica gozada - nos dedos as pessoas que me procuraram para um bate-papo. É claro, morri. Como poderia entrar em contato com quem está morto? Eis a justificativa do uso da rede antisocial: o contato imediato, a forma de se relacionar, o único lugar onde mortos-vivos parecem vivos e ativos. Era minha desculpa, não julgo quem assim pensa. Perdoe-me.
Todos são vivos, alegres, felizes, cheios de histórias para contar. Casais que se amam, fotos infindáveis, palavras estúpidas e outras tantas de impacto inundam a tal da "timeline" do Facebook. Numa tentativa de sobrepujar o vazio que existe em cada um, os mortos-vivos esbaldam em beleza e tentativas de mostrar o que não é. Um podre por dentro, com uma foto linda. Um lindo por dentro, e uma foto pobre. Os mortos-vivos sequer imaginam estar no intermediário da vida.
São poucos os que morrem de fato. Deixam de ser "-vivos" para serem "mortos". "Vivos" não há qualquer. Apenas alguns malucos que se aventuram a viver uma vida offline, aquém da tecnologia, no respirar de um ar puro e na sinfonia das aves do parque. Lá estão os vivos. Alguns poucos mortos-vivos continuam sua vivência - ou morrência, como queira - nos seus smartphones, exatamente quando deveriam viver em vez de morrer.
Ok. Vamos parar com a poesia e deixar as coisas um pouco mais claras. Somos vivos, mas mortos. Eu, por exemplo, por não estar na rede, não sou lembrado. Por quê? Porque as pessoas acreditam que apenas os que lá estão devem ser lembrados. Não, na verdade elas foram induzidas a isso. Não sei você, mas meus relacionamentos "vivos" deram espaço a uma falácia, uma suposição do que havia de ser: a rede-social. Sinto falta daquelas incontáveis horas que passamos conversando, jogando papo fora e apenas curtindo a presença.
O Facebook matou a todos. Se você não tem mil amigos na rede, está iminente a ser deixado pra trás. Esquecido, abandonado. Você não precisa de uma rede-social online para ter amigos. Seus relacionamentos, se funcionais por motivos de uma rede-social online, são, sinto informar, superficiais. Eu morri, mas vivi. Vivi para aqueles que comigo se importam de verdade. Esses, já posso contar na mão direita. Obrigado, Facebook, por ter me proporcionado a lembrança de quem realmente é importante.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Entreter-se?
Vivemos em um mundo repleto de entretenimento. Conseguimos nos distrair das nossas próprias distrações! Se conversarmos com um idoso que já tenha vivido além dos seus sessenta anos de idade, certamente ouviremos que muitas das nossas práticas atuais são meras distrações. Para nós, elas não o são mais. E, pior ainda, conseguimos nos distrair das nossas distrações que já não mais distrações são! Pegou?
Um exemplo é o inseparável smartphone. É comum estar escrevendo uma mensagem para uma pessoa no WhatsApp, pensando na mensagem para a outra pessoa do Messenger do Facebook, imaginando como postar aquela foto no Instagram e ouvindo música no fone de ouvido! São quatro atividades completamente incompletas ao mesmo tempo! A atenção é dividida, o tempo também. E essas distrações não são mais vistas como um problema pela nossa sociedade. O entretenimento é algo tão profundo que tomou conta de uma forma incrível.
É clássica a cena: televisor ligado no Netflix, quatro pessoas sentadas no sofá, cada uma com seu smartphone ou tablet, fazendo mil e uma coisas ao mesmo tempo em que pensam prestar atenção ao filme - que, por si só, já é uma distração de coisas importantes. O ponto é que não há limites e isso tudo tomou uma proporção sem volta.
O motivador deste texto foi o fato de eu estar realizando uma limpeza aqui em casa e encontrar alguns CDs antigos. Ao encontrá-los, lembrei-me de minha infância. Mais ainda quando reparei que nunca mais havia sequer conectado qualquer um deles ao rádio da sala. Não havia tempo para escutar música! Não há! Minha vida é tão atarefada por distrações que eu esqueci o que é sentar em um sofá e curtir um som, só isso. Garanto que muitos de vocês nunca fez isso, mas eu já tive o prazer de viver em um mundo sem tantas distrações. Lá no passado, minha mãe e meu pai decidiam colocar algumas músicas para ouvirmos, enquanto estávamos realizando as tarefas de casa. Em diversos momentos, ficávamos apenas ali, curtindo. Já os vi dançar na sala, felizes pela música. E essas lembranças são muito melhores do que qualquer lembrança que tenho das minhas distrações.
Tente se lembrar das melhores lembranças da sua vida. Posso afirmar: nenhuma delas estará em redes sociais, WhatsApp, Internet, televisão. Você pode, sim, lembrar daquele filme gostoso que você e sua namorada assistiram, debaixo do romance. Ou aquela música especial que caracterizou uma época de sua vida. Talvez você lembre daquele jogo de vídeo-game, mas com certeza ele não tem tanto valor quanto as pessoas que estavam com você. Smartphones são descartáveis, o entretenimento passa. Ele não é essencial, é distrativo! Dedique sua vida ao que importa, ouça uma música, saia com o conjuge, namorado (a). Fale de Jesus, exerça sua fé. Viva.
Um exemplo é o inseparável smartphone. É comum estar escrevendo uma mensagem para uma pessoa no WhatsApp, pensando na mensagem para a outra pessoa do Messenger do Facebook, imaginando como postar aquela foto no Instagram e ouvindo música no fone de ouvido! São quatro atividades completamente incompletas ao mesmo tempo! A atenção é dividida, o tempo também. E essas distrações não são mais vistas como um problema pela nossa sociedade. O entretenimento é algo tão profundo que tomou conta de uma forma incrível.
É clássica a cena: televisor ligado no Netflix, quatro pessoas sentadas no sofá, cada uma com seu smartphone ou tablet, fazendo mil e uma coisas ao mesmo tempo em que pensam prestar atenção ao filme - que, por si só, já é uma distração de coisas importantes. O ponto é que não há limites e isso tudo tomou uma proporção sem volta.
O motivador deste texto foi o fato de eu estar realizando uma limpeza aqui em casa e encontrar alguns CDs antigos. Ao encontrá-los, lembrei-me de minha infância. Mais ainda quando reparei que nunca mais havia sequer conectado qualquer um deles ao rádio da sala. Não havia tempo para escutar música! Não há! Minha vida é tão atarefada por distrações que eu esqueci o que é sentar em um sofá e curtir um som, só isso. Garanto que muitos de vocês nunca fez isso, mas eu já tive o prazer de viver em um mundo sem tantas distrações. Lá no passado, minha mãe e meu pai decidiam colocar algumas músicas para ouvirmos, enquanto estávamos realizando as tarefas de casa. Em diversos momentos, ficávamos apenas ali, curtindo. Já os vi dançar na sala, felizes pela música. E essas lembranças são muito melhores do que qualquer lembrança que tenho das minhas distrações.
Tente se lembrar das melhores lembranças da sua vida. Posso afirmar: nenhuma delas estará em redes sociais, WhatsApp, Internet, televisão. Você pode, sim, lembrar daquele filme gostoso que você e sua namorada assistiram, debaixo do romance. Ou aquela música especial que caracterizou uma época de sua vida. Talvez você lembre daquele jogo de vídeo-game, mas com certeza ele não tem tanto valor quanto as pessoas que estavam com você. Smartphones são descartáveis, o entretenimento passa. Ele não é essencial, é distrativo! Dedique sua vida ao que importa, ouça uma música, saia com o conjuge, namorado (a). Fale de Jesus, exerça sua fé. Viva.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
A importância do respeito
O respeito é algo difícil de adquirir. O desrespeito já temos, a partir do momento em que somos diferentes e talvez "inferiores" aos demais. A contrapartida é complicada. Obter o respeito é algo que requer, em inúmeras ocasiões, anos de experiência e uma pitada de auto-confiança. Nem sempre funciona. Uma das grandes virtudes do que deseja respeito é saber respeitar. É a principal, grande e imutável. Sem ela, bá-bau.
Respeitar a autoridade é qualidade de poucos. Baixar a cabeça e submeter-se a alguém é uma tarefa humilhante e honrosa. Uma liderança é e deve ser respeitada, pelo simples fato de ser liderança. Na discordância de ambas as partes, separem-se, mas não se desrespeitem. É o que ocorre com empregados que não desejam dar ouvidos aos patrões mandões, aos subordinados que não aguentam mais a trupe de ódio do chefe.
No entanto, algo é essencial na vida: ter líderes. Sem eles, não temos responsabilidades a que nos submeter e nossas atitudes não são devidas a ninguém. O máximo deles, é claro, é Deus. Devemos submeter toda a nossa atividade e fornecer nosso relatório ao Pai. Nossas atitudes devem ser em acordo com Sua vontade e temos que prestar contas a Ele. Porém, Jesus não deixou as coisas baratas para nós aqui na Terra. Ele deixou claro que deseja que nos submetamos às autoridades, sejam elas boas ou ruins. Quando perdemos a referência nisso, perdemos o rumo.
Quem nunca conheceu aquela pessoa que faz o que quer, age como pode e brinda a vida sem satisfações a ninguém. "A vida é minha e não devo satisfações a ninguém" - a máxima desse tipo. De fato, provavelmente muitas pessoas não devem satisfações: bebem, dirigem embrigadas, brigam, discute, faltam ao trabalho, trabalham, namoram, casam, divorciam-se, e tudo isso sem a ninguém prestar contas. E pior, erguem-se em seus saltos altos e não permitem que um pio seja dado. "Sou mais eu" - a segunda máxima desse tipo.
Pessoas assim geralmente são aquelas que poucos desejam ter por perto. Repreensíveis, não-cautelosas, efusivas, difíceis de conviver e de uma arrogância enojante. Mas não podemos nos deixar enganar. Além destas, evidentemente afetadas pela sua desrespeitosa falta de submissão, há aqueles que são, aparentemente, piedosos, mas possuem uma fera em seu interior.
A fera nem sempre aparece. O monstrinho se mantém quieto e adormecido por um tempo. No trabalho, há uma submissão por educação. Há um respeito, uma cautela. Na Igreja, há pouco menos submissão: se ele disse, tá dito, mas eu não concordo e falo mal. Em casa, o que restava acabou. Deixa eu explicar melhor.
Pessoas assim são aquelas que não possuem referências superiores e não possuem qualquer ímpeto em olhar de baixo para cima. De acordo com a vontade de Deus, o líder da casa é o homem. Em um lar de paz, todos se submeterão e prestarão contas ao homem. E este, por sua vez, amará a todos assim como Cristo amou a igreja. Porém, essa liderança não lhe dá liberdade para pecar e destratar quem quer que seja. Do contrário, o líder também erra e deve prestar contas. A questão é: para quem?
Um líder do lar deve prestar contas, primeiramente, para Deus. Em segundo lugar, é necessário que o líder seja humilde o bastante para prestar contas a uma terceira pessoa. Essa pode ser até mesmo a esposa - chuto nessa questão, pois não sou casado. Vou dar um exemplo e deixar essa confusão mais clara: o marido chega em casa e sua esposa, ocupada, não lhe dá a atenção desejada. O homem se sente rejeitado e, por ser líder, não crê que possa estar errado ou que suas atitudes devem ser questionadas de forma alguma. Por algum motivo, ele começa uma discussão e, por seu ar e posição de liderança, faz todos os da casa se sentirem mal após a discussão. Em resumo: ele sai por cima mesmo estando errado.
Essa posição de liderança é errônea e não permite humildade e harmonia. Se essa posição for mantida, cria-se uma ilha em torno do líder (no caso, o homem), de modo que ele nunca estará errado e seus próximos se desgastarão. Passarão a pisar em ovos e não terão qualquer liberdade em nem mesmo proferir qualquer tipo de piada que possa ser mal interpretada. O caos é instalado.
O líder com o desrespeito silencioso é o mais temido de todos. Por ter aparência positiva e agir positivamente na maior parte do tempo, o líder ou pessoa que assim age incorre num erro fundamental: o orgulho. Se permitirmos que a humildade tome conta do nosso coração, jamais consideraremos nossas atitudes melhores que a dos demais. É difícil. Em inúmeras ocasiões, sou o líder orgulhoso. Essa mudança ocorre quando reconhecemos nosso erro. E, para o líder orgulhoso, por não estar debaixo de qualquer autoridade humana que possa dar-lhe um puxão de orelha, é muito difícil pensar em humilhação e resignação.
Se não tivermos uma autoridade muito bem definida sobre nós, é difícil mantermos a humildade. A partir do ponto em que assumimos a posição de intocável e irrepreensível, morremos. Nunca admitiremos nossas falhas e menos ainda saberemos mudar o erro que está em nós. Ao baixarmos nossa cabeça, respeitarmos a opinião de alguém, teremos vida. Uma mãe, machucada, poderá pedir perdão ao filho, machucado. Um pai, contrariado, saberá humilhar-se diante do filho.
A autoridade importa. Submeter-se, mais ainda. Quando contrariado, nem sempre devemos nos apartar. É claro que se você está sendo mal-tratado por um chefe, líder religioso, familiar, a situação deve ser analisada e, em muitas ocasiões, a separação é necessária (não estou afirmando isso quanto ao casamento, pois o assunto é muito mais delicado do que apenas questão de liderança). Mas em sua maioria, as autoridades, especialmente espirituais, são bem-vindas e desejam o bem daqueles de quem são líderes. Submeta-se, antes de tudo, a Deus. Ele irá lhe ensinar a manter o orgulho longe e a humildade perto. Ele é humilde. Se estiver perto, humilde será.
Respeitar a autoridade é qualidade de poucos. Baixar a cabeça e submeter-se a alguém é uma tarefa humilhante e honrosa. Uma liderança é e deve ser respeitada, pelo simples fato de ser liderança. Na discordância de ambas as partes, separem-se, mas não se desrespeitem. É o que ocorre com empregados que não desejam dar ouvidos aos patrões mandões, aos subordinados que não aguentam mais a trupe de ódio do chefe.
No entanto, algo é essencial na vida: ter líderes. Sem eles, não temos responsabilidades a que nos submeter e nossas atitudes não são devidas a ninguém. O máximo deles, é claro, é Deus. Devemos submeter toda a nossa atividade e fornecer nosso relatório ao Pai. Nossas atitudes devem ser em acordo com Sua vontade e temos que prestar contas a Ele. Porém, Jesus não deixou as coisas baratas para nós aqui na Terra. Ele deixou claro que deseja que nos submetamos às autoridades, sejam elas boas ou ruins. Quando perdemos a referência nisso, perdemos o rumo.
Quem nunca conheceu aquela pessoa que faz o que quer, age como pode e brinda a vida sem satisfações a ninguém. "A vida é minha e não devo satisfações a ninguém" - a máxima desse tipo. De fato, provavelmente muitas pessoas não devem satisfações: bebem, dirigem embrigadas, brigam, discute, faltam ao trabalho, trabalham, namoram, casam, divorciam-se, e tudo isso sem a ninguém prestar contas. E pior, erguem-se em seus saltos altos e não permitem que um pio seja dado. "Sou mais eu" - a segunda máxima desse tipo.
Pessoas assim geralmente são aquelas que poucos desejam ter por perto. Repreensíveis, não-cautelosas, efusivas, difíceis de conviver e de uma arrogância enojante. Mas não podemos nos deixar enganar. Além destas, evidentemente afetadas pela sua desrespeitosa falta de submissão, há aqueles que são, aparentemente, piedosos, mas possuem uma fera em seu interior.
A fera nem sempre aparece. O monstrinho se mantém quieto e adormecido por um tempo. No trabalho, há uma submissão por educação. Há um respeito, uma cautela. Na Igreja, há pouco menos submissão: se ele disse, tá dito, mas eu não concordo e falo mal. Em casa, o que restava acabou. Deixa eu explicar melhor.
Pessoas assim são aquelas que não possuem referências superiores e não possuem qualquer ímpeto em olhar de baixo para cima. De acordo com a vontade de Deus, o líder da casa é o homem. Em um lar de paz, todos se submeterão e prestarão contas ao homem. E este, por sua vez, amará a todos assim como Cristo amou a igreja. Porém, essa liderança não lhe dá liberdade para pecar e destratar quem quer que seja. Do contrário, o líder também erra e deve prestar contas. A questão é: para quem?
Um líder do lar deve prestar contas, primeiramente, para Deus. Em segundo lugar, é necessário que o líder seja humilde o bastante para prestar contas a uma terceira pessoa. Essa pode ser até mesmo a esposa - chuto nessa questão, pois não sou casado. Vou dar um exemplo e deixar essa confusão mais clara: o marido chega em casa e sua esposa, ocupada, não lhe dá a atenção desejada. O homem se sente rejeitado e, por ser líder, não crê que possa estar errado ou que suas atitudes devem ser questionadas de forma alguma. Por algum motivo, ele começa uma discussão e, por seu ar e posição de liderança, faz todos os da casa se sentirem mal após a discussão. Em resumo: ele sai por cima mesmo estando errado.
Essa posição de liderança é errônea e não permite humildade e harmonia. Se essa posição for mantida, cria-se uma ilha em torno do líder (no caso, o homem), de modo que ele nunca estará errado e seus próximos se desgastarão. Passarão a pisar em ovos e não terão qualquer liberdade em nem mesmo proferir qualquer tipo de piada que possa ser mal interpretada. O caos é instalado.
O líder com o desrespeito silencioso é o mais temido de todos. Por ter aparência positiva e agir positivamente na maior parte do tempo, o líder ou pessoa que assim age incorre num erro fundamental: o orgulho. Se permitirmos que a humildade tome conta do nosso coração, jamais consideraremos nossas atitudes melhores que a dos demais. É difícil. Em inúmeras ocasiões, sou o líder orgulhoso. Essa mudança ocorre quando reconhecemos nosso erro. E, para o líder orgulhoso, por não estar debaixo de qualquer autoridade humana que possa dar-lhe um puxão de orelha, é muito difícil pensar em humilhação e resignação.
Se não tivermos uma autoridade muito bem definida sobre nós, é difícil mantermos a humildade. A partir do ponto em que assumimos a posição de intocável e irrepreensível, morremos. Nunca admitiremos nossas falhas e menos ainda saberemos mudar o erro que está em nós. Ao baixarmos nossa cabeça, respeitarmos a opinião de alguém, teremos vida. Uma mãe, machucada, poderá pedir perdão ao filho, machucado. Um pai, contrariado, saberá humilhar-se diante do filho.
A autoridade importa. Submeter-se, mais ainda. Quando contrariado, nem sempre devemos nos apartar. É claro que se você está sendo mal-tratado por um chefe, líder religioso, familiar, a situação deve ser analisada e, em muitas ocasiões, a separação é necessária (não estou afirmando isso quanto ao casamento, pois o assunto é muito mais delicado do que apenas questão de liderança). Mas em sua maioria, as autoridades, especialmente espirituais, são bem-vindas e desejam o bem daqueles de quem são líderes. Submeta-se, antes de tudo, a Deus. Ele irá lhe ensinar a manter o orgulho longe e a humildade perto. Ele é humilde. Se estiver perto, humilde será.
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